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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu Sou Catador - Limpa Brasil Let's do it!


Programa Limpa Brasil Let's do it Goiânia


O nome original do Projeto Limpa Brasil é Let´s do it!. (Vamos Fazer). Foi idealizado por ambientalistas estonianos, no ano de 2007 e realizado naquele país no ano de 2008. Uma grande mobilização envolvendo todos os seguimentos da sociedade, poder público e privado, conseguiu limpar a Estônia em 5 horas, retirando 10.000 Ton. De lixo de locais indevidos.Goiânia será a 3ª cidade do país a realizar este grande movimento de conscientização e mobilização da população na limpeza da cidade. Sua participação é fundamental, pois, se voce  mora nesta linda Goiânia, considerada a segunda em área verde, e novamente a primeira cidade em Qualidade de Vida no Brasil, segundo o "Brasil Américas", veja como contribuir neste grandioso evento. Você é fundamental neste movimento e processo de mudança, de reeducação.

Como ser voluntário:

1-Cadastrando no site:  www.limpabrasil.com/goiania
2-Ajudando no mapeamento dos locais de descarte indevido: www.limpabrasil.com/mapa
3-Na divulgação: repassando as informações sobre o movimento pela sua rede de contato, redes sociais, amigos, família, trabalho, em palestras nas escolas, universidades, etc.

Informações:

Email: contatogoiania@limpabrasil.com
Ligação grátis:  156

            Helena Bernardes-Catadora

sábado, 20 de agosto de 2011

O gato

Ilustração da internet.


Texto publicado no blogue www.jairclopes.blogspot.com em 22/06/11.


Quando eu era garoto, na minha casa havia vários gatos, minha mãe adorava os bichanos, de forma que eles sempre encontravam abrigo principalmente na cozinha onde um fogão a lenha fornecia o calor que os atraía no inverno. Desde que lembro, nunca mais que quatro, desses vira latas sem quaisquer resquícios de raças, viviam em completa liberdade no quintal e na cozinha da nossa moradia, pequena e aconchegante casa de madeira num bairro pobre de Palmeira. Não eram mimados como gatos de madame, nem eram dependentes de qualquer coisa necessária à sobrevivência. Acho que naquele tempo nem existam essas rações de hoje, quando alimentados comiam restos de nossa própria comida. Viviam na nossa casa, mas não dependiam de nós moradores, tinham muita autonomia e eram safos o suficiente para se alimentarem, namorar e buscar companhia fora de casa. Eram afeiçoados ao lugar, mansos, conviviam em paz com nosso sempre presente cachorro, eram muito higiênicos, - enterravam com cuidado seus dejetos - gostavam de cafuné e atendiam minha mãe que os chamava por nomes como gato, gatinho, gatucho e outros, todos relacionados com a palavra gato.

Durante os invernos rigorosos como soem ser naquele planalto sulino, costumavam dormir ao pé do fogão a lenha, onde, uma vez, um bichano amarelo de nome gato foi atingido por uma brasa que lhe queimou a pelagem e a pele e ficou com uma cicatriz vitalícia. Esse mesmo bichano gostava de caçar roedores e outros animais de pequeno porte nos campos lindeiros donde morávamos. Não raro ele aparecia em nossa sala com um camundongo ou lagartixa viva na boca e, parecia, vinha mostrar como era exímio caçador. Brincava com a presa até cansar e depois a comia sem pejo, era um gato muito esperto. Certa vez apareceu com uma cobra viva na boca, um pequeno ofídio de cor esverdeada que foi objeto de brincadeiras e depois deglutido com aparente prazer.Como os gatos apareciam lá em casa? Não sei, mas desconfio que minha mãe tinha algum jeito especial de atraí-los, talvez ela os visse perdidos pelas proximidades e os chamasse para nosso quintal, onde uns encontravam outros, faziam amizade e iam ficando. Só sei que os gatos não incomodavam os vizinhos, não miavam à noite, não ficavam doentes, nunca tomavam banho, mas aparentavam sempre estar limpos, e, não sei por que, eram todos machos, jamais alguma fêmea transpôs a soleira de nossa porta.

Como escrevi no início, eles eram representantes legítimos de animais SRD (Sem Raça Definida) e, como tal, apresentavam variadas cores. Lembro especialmente de um amarelo, um branco, um mourisco, ou seja, variegado com listras pretas e cinzas, e, o mais estranho de todos: um gato azul, isso mesmo azul! Imaginem, se hoje parece esquisito pensar num gato azul, naquele tempo, 1957, então, nem se fala! Um dia de verão, cheguei da escola ao meio dia e lá estava aquele gato bem novo, bem saudável e bem normal, a não ser pela cor. Perguntei a minha mãe a que devia aquela cor e como ele veio parar lá em casa. Como os gatos iam morar lá em casa era um segredo que minha mãe jamais contara, então não seria agora que ela ia abrir o jogo. Mas, azul? Peguei o bichinho no colo e pude verificar que o pêlo não fora tingido ou pintado, era azulão mesmo! Como era possível? Minha mãe não se abalou, disse que pelo fato de jamais termos visto gatos azuis não significava que eles não existissem. Era um bichano azul e pronto! Realmente, diante desse argumento não houve como discordar, o gato azul se incorporou a gataria doméstica e, depois de algum tempo, não dava nem para reparar que ele era diferente dos demais. O bichano gostava de comer mariposas, essas borboletas noturnas que são atraídas por lâmpadas à noite. Para alcançá-las o bicho costumava subir num armário, ficava em pé e as pegava com as patas dianteiras quando pousavam no teto da cozinha. Ele viveu muitos anos na nossa companhia e tornou-se um dos meus prediletos, era um felino dócil e inteligente. O curioso dessa história é que ninguém, absolutamente ninguém, sejam meus irmãos, vizinhos, parentes ou visitas, jamais se referiu a cor estranha do animal, parecia que só minha mãe e eu conseguíamos enxergar aquela pelagem de coloração anil. Também nós, na presença de outras pessoas, deixávamos de falar na cor do bicho, estávamos cientes que os outros não a notavam.

Como os demais, ao ficar velho e alquebrado, o gato azul passou a ser caseiro e dependente alimentar durante um período, depois, um belo dia, partiu em direção aos campos gerais onde se perdeu e nunca mais foi visto. Todos procediam assim, eram por demais orgulhosos para definhar a vista de nós humanos.

Claro que, considerando o que minha mãe havia dito e o conhecimento parco sobre animais e o total desconhecimento sobre genética que eu tinha, nunca contestei a cor do felino e, tampouco me passou pela cabeça procurar saber o porquê daquela excentricidade. Agora, muitos anos depois, ao ler o livro “O urso azul”, veio-me à lembrança aquele gato e uma certeza de como explicar sua exótica coloração. O livro conta a aventura e a trajetória de vida do americano Lynn Schooler que mora no Alasca onde é guia de expedições científicas e fotográficas da fauna daquele estado. Conta ele que havia avistado de longe um urso azul, animal meio lendário que povoa há muitos anos o imaginário de povos nativos e visitantes daquela inóspita região. Pois bem, em todas as oportunidades, Lynn procede a busca do animal exótico até que o encontra e fotografa de perto (as fotos estão no livro). A explicação para a cor azulada se deve a uma mutação do urso cinzento o qual deu origem a esse raro animal.

Então, minha gente, hoje estou feliz porque finalmente posso entender a origem da cor do meu gato. Provavelmente ele era uma mutação desses gatos cinzas, chamados egípcios se não me engano, e saiu com aquela belíssima pelagem que o tornou o bichano mais bonito da gataria de minha casa. Um gato azulcom origem agora plenamente desvendada! JAIR, Floripa, 22/06/11.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O melhor lugar do mundo

Texto publicado no blogue www.jairclopes.blogspot.com em 27/12/08.




É comum ouvir de gente que chegou do exterior: “O Brasil é o melhor lugar do mundo”. Será mesmo? E aqui não quero fazer comparações, não quero confrontar mazelas ou comparar atributos, não quero cotejar climas ou belezas topográficas, não quero enaltecer qualidades das pessoas que aqui habitam e mostrar que somos melhores nisto ou naquilo, não quero e não vou apelar para a índole do brasileiro, que é pacífica, tolerante, solidária e alegre, segundo se apregoa. Vou apenas fazer algumas considerações que me parecem pertinentes. Muito bem, se este é o melhor país do planeta é lícito supor que mais gente, além de nós brasileiros, saiba disso, não é mesmo? Se assim é, se outros povos de outros países sabem que esta é a abençoada Canaã, onde há fartura, clima inigualável, alegria e felicidade vinte e quatro horas por dia e onde se plantando tudo dá, por que então não vêm para cá? Por que americanos, que têm pencas de dinheiro, não vêm em massa morar no Brasil então? Por que Bolivianos pobres, lá dos altiplanos onde quase não há água, a comida é escassa e não existe infra estrutura alguma, não correm em desespero para aqui se radicar? Por que para aqui não vêm com grande afluência os povos de Burkina Fasso, Quênia, Suriname, Guatemala, Estônia, Moldávia e centenas de outros países? Por que? Simples, tanto bolivianos quando americanos ou quaisquer outros povos sentem pelo país deles o mesmo que sentimos pelo nosso.
Não há “Melhor lugar do mundo”, todos são, subjetivamente, tão bons ou tão ruins quanto os julguemos. O altiplano boliviano é tão bom para aquele que lá vive quanto é bom o Brasil para quem vive no Guarujá ou na Vieira Souto. Kuala Lampur é tão própria para se viver quanto Côte D'Azur. O americano gosta tanto dos EUA quanto gostamos do Brasil, ponto. Uma área geográfica da terra não define a felicidade ou a falta dela para quem nela vive. Além disso, todos, sejam da Groenlândia, do Togo ou do Japão, têm o mesmo direito de julgar seus lugares “os melhores do mundo” não é mesmo? E mais, por que num planeta com tanta diversidade de clima, topografia, fauna, flora, etnias e outras diferenças, cuja divisão política em países é meramente arbitrária e não segue critérios racionais, só o Brasil teria recebido a ventura das coisas boas?
Vamos parar com essas bobagens, se nos sentimos bem num determinado lugar, se somos valorizados, se nosso trabalho nos traz retorno para viver com dignidade este é, naquele momento, o lugar para se estar, o lugar ideal, “o melhor lugar do mundo”. Por último, se nosso país é tão melhor que outros, por que então tantos brasileiros vão trabalhar e morar no exterior? JAIR, Floripa, 27/12/08

domingo, 7 de agosto de 2011

Noni - O que devemos saber

Este post foi por mim publicado em 26 de abril de 2010 no blog Multivias.



Noni. Não conhecia, nunca tinha visto. Indo à Goiânia, fui apresentada para a tal plantinha. Minha cunhada ganhou uma muda e plantou na calçada de sua casa. Não sei sua altura em seu habitat natural. Essa das fotos que fizemos tem mais ou menos um metro e meio. Parece que agora virou febre: serve pra tudo! De uma simples dor de cabeça até câncer! A Internet está cheia de bons intencionados falando sobre os efeitos da noni, uma planta que cura mais de cem doenças e não tem efeitos secundários, dizem. Como sempre desconfio desses milagres, pesquisei além dos interesses comerciais e descobri que há, sim, efeitos colaterais. Entre as fotos há informações diversas além de uma matéria-alerta que encontrei.  




Noni, nono, all. (Morinda citrifolia). Família das rubiáceas. Arbusto originário do Sudoeste da Ásia, bastante difundido no Taiti. Segundo o site mercadolivre a fruta noni e as várias partes da árvore servem para muitas doenças e seu uso varia de acordo com o país:
"Na China, Japão e Tahiti, várias partes da árvore (folhas, flores, frutos e tronco) servem para tratamento da febre, tratamento dos olhos e problemas da pele, gengivite, constipação, dores de estômago, ou dificuldades respiratórias. Na Malásia, acredita-se que as flores aquecidas desta planta aplicadas no peito, curam a tosse, náusea e cólicas. Nas Filipinas, é extraído o sumo das folhas como tratamento para a artrite.
O tronco desta árvore produz uma cera castanho-púrpura, chamada de cera-batik, aplicada em pintura sobre tecido, normalmente seda (pintura sobre seda). Conhecida por ser produzida com esta finalidade na ilha de Java, na Indonésia. 
No Havaí 
é extraída uma tintura amarelada da raiz para tingir tecidos. No Suriname assim como em outros países, a árvore serve como pára-vento, suporte para videiras,  e também árvores de sombra para arbustos de café. A fruta é também usada como "champô" (shampoo, no Brasil) na Malásia, onde se acredita que ajuda no combate aos piolhos." In: http://guia.mercadolivre.com.br/ .

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Informações do site http://medplan.com.br/docs/noni.pdf :

"NONI, fruta milagrosa? Verdades e mitos.

Com o nome científico de Morinda citrofilia, o noni é uma pequena árvore de
origem asiática cujo uso no mundo é bastante difundido. Ele é mais popular nos Estados
Unidos e em alguns países da Europa, sendo seu consumo no Brasil ainda recente. O fruto é
verde, parecido com a fruta do conde, aparecendo geralmente apenas em forma de suco
engarrafado. Existe um grande interesse na sua utilização na medicina popular devido às
“supostas propriedades farmacológicas” que possui; chega-se a afirmar que alcance mais de
120 problemas de saúde que podem ser tratados, e até curados, com a planta e seus extratos.
Assim, considerando-se toda essa curiosidade a cerca do noni, estamos à frente de um mito
ou uma verdade?
De fato, há muitos trabalhos científicos em execução com o objetivo de avaliar se o
noni realmente tem propriedades medicinais, como atividades antibiótica, antiinflamatória,
analgésica, e, até mesmo, inibidora do câncer. O seu mecanismo de ação ainda é
desconhecido, com alguns estudos em fase inicial (in vitro e em animais) sugerindo
atividade antioxidante, anti-angiogênica e anti-tumoral, o que se deve a seus componentes,
em especial às antraquinonas.
Em contrapartida, há relatos de algumas reações adversas associadas ao seu
consumo. O suco de noni pode ocasionar elevação das enzimas hepáticas (lactato
desidrogenase e transaminases), diminuir o trânsito gastrintestinal (interagindo com
medicações que são usadas por via oral), potencializar o efeito dos antiinflamatórios e
impedir o crescimento de novos vasos sanguíneos, devendo ser usado com cautela em
pacientes com lesões e no pós-operatório. Alguns produtos de noni contêm alto teor de
açúcar e de potássio, o que pode ser potencialmente prejudicial em diabéticos e doentes
com comprometimento da função renal. Além disso, por conta do seu efeito antioxidante, o
noni pode interagir com a radiação ionizante e os quimioterápicos, estando contra-indicado
em pacientes em quimioterapia ou radioterapia.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) levanta dúvidas sobre a
finalidade e a segurança do produto. E cita ainda, diversos relatos de casos devidamente
publicados em revistas científicas indexadas sobre a associação do consumo do suco de
noni a casos de toxicidade hepática. Também, ainda é muito grande a falta de estudos
sistemáticos avaliando o suco de noni em humanos nos países onde o produto é
comercializado. Por conta disso, a ANVISA proibiu a comercialização de produtos
contendo noni no Brasil até que os requisitos legais que comprovem de sua segurança de
uso sejam atendidos.
Nessas condições, verifica-se que as publicações científicas a cerca do noni ainda
necessitam de uma avaliação mais precisa que ateste tanto a segurança quanto a eficácia
deste como medicamento natural. Tal avaliação de segurança/eficácia é de grande valia em
tratamentos para problemas de saúde complexos como o câncer. Dessa forma e, tendo em
vista também as suas possíveis propriedades antioxidantes, até o presente momento não é
aconselhável o uso do noni por pacientes em tratamento oncológico."

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