Texto publicado em fevereiro de 2009 no Blog: www.jairclopes.blogspot.com
Existem em torno de 375 espécies de tubarões atualmente no planeta, destas, somente três ou quatro são realmente perigosas para seres humanos. Não que elas se alimentem, ou tenham preferência pela carne humana, não, apenas confundem em certas circunstâncias, um nadador, um surfista ou um náufrago com seu prato habitual de peixes ou focas.
O tubarão é um vencedor, há quatrocentos milhões de anos, portanto antes de existirem dinossauros, ele já navegava pelos mares e, se o homem não interferir, provavelmente continuará por outros tantos milhões.
Ao contrário da maioria dos peixes, o tubarão não tem esqueleto ósseo, ele é cartilaginoso, ou seja, tem cartilagens no lugar de ossos, essas mesmas cartilagens que ditam sentença de morte a muitos deles, porquanto existe uma falsa cultura que cartilagem de tubarão é remédio milagroso.
Pois é, existem tubarões de todos os tamanhos e de todos os tipos, o maior peixe do mundo, que atinge até vinte metros de comprimento e pode pesar doze toneladas é o Tubarão-baleia que se alimenta principalmente de plâncton, embora também coma regularmente cardumes de pequenos peixes e lulas. Há, por outro lado, tubarões tão miúdos como os Cações-lixa que não chegam a um metro quando adultos e vivem em águas rasas se alimentando de tudo que encontram, e, os menores ainda, "Colcha-de-retalhos", atraentes bichinhos criados em aquários domésticos. Essas belas criaturas, grandes ou pequenas, esquisitas como a Arraia ou o Tubarão-martelo; belas como o Tubarão branco ou o Tubarão azul, são odiadas pelo que são, não pelo fazem ou podem fazer.
O cineasta Spielberg contribuiu tremendamente para esse ódio insano que se dedica a esse esqualo, lamentavelmente. A imagem de "assassino implacável" esconde o real fato de que estão sendo dizimados por um inimigo bem mais terrível, o homem.
Os tubarões tiveram suas populações drasticamente reduzidas neste último século e muitas espécies se encontram em situação de grande perigo. Mais de 30 espécies de tubarão estão em risco no Brasil (quase 40% das espécies presentes em nossa costa). No mundo, cerca de 100 milhões deles são capturados por ano, a maioria para a obtenção de cartilagem. Uma das práticas comuns da pesca predatória é arrancar as nadadeiras e devolver o animal vivo para o mar, onde ele afunda e agoniza até morrer.
A pele do tubarão tem dentes! Uma das características que define os tubarões é a presença de escamas semelhantes a dentes que cobrem sua pele e são denominadas de dentículos dérmicos. São estes dentículos que fazem com que a pele do tubarão pareça uma lixa. É a imitação dessa pele que resultou na criação de tecido empregado na roupa dos grandes nadadores, como Michael Phelps, o design da pele permite o deslocamento rápido pela água quase sem atrito.
O bicho teve milhões de anos para aperfeiçoar-se de tal forma que tanto a pele como os órgãos internos e até seus sensores termos-elétricos ao longo do corpo, são órgãos tremendamente sofisticados, sem falar de seu design hidrodinâmico perfeito. Aliás, tudo no tubarão tem a marca da sofisticação, por isso ele é um vencedor.
Mais uma vez, o ódio que o bicho homem dedica a esse animal não pode ser explicado racionalmente, só podemos admitir que por trás desse comportamento execrável do homo sapiens exista algo mais sutil, algo nebuloso como, por exemplo, inveja. O homem sente inveja do melhor, do elevado, do excelso, do vencedor enfim! JAIR, Floripa, 07/02/09.
O tubarão é um vencedor, há quatrocentos milhões de anos, portanto antes de existirem dinossauros, ele já navegava pelos mares e, se o homem não interferir, provavelmente continuará por outros tantos milhões.
Ao contrário da maioria dos peixes, o tubarão não tem esqueleto ósseo, ele é cartilaginoso, ou seja, tem cartilagens no lugar de ossos, essas mesmas cartilagens que ditam sentença de morte a muitos deles, porquanto existe uma falsa cultura que cartilagem de tubarão é remédio milagroso.
Pois é, existem tubarões de todos os tamanhos e de todos os tipos, o maior peixe do mundo, que atinge até vinte metros de comprimento e pode pesar doze toneladas é o Tubarão-baleia que se alimenta principalmente de plâncton, embora também coma regularmente cardumes de pequenos peixes e lulas. Há, por outro lado, tubarões tão miúdos como os Cações-lixa que não chegam a um metro quando adultos e vivem em águas rasas se alimentando de tudo que encontram, e, os menores ainda, "Colcha-de-retalhos", atraentes bichinhos criados em aquários domésticos. Essas belas criaturas, grandes ou pequenas, esquisitas como a Arraia ou o Tubarão-martelo; belas como o Tubarão branco ou o Tubarão azul, são odiadas pelo que são, não pelo fazem ou podem fazer.
O cineasta Spielberg contribuiu tremendamente para esse ódio insano que se dedica a esse esqualo, lamentavelmente. A imagem de "assassino implacável" esconde o real fato de que estão sendo dizimados por um inimigo bem mais terrível, o homem.
Os tubarões tiveram suas populações drasticamente reduzidas neste último século e muitas espécies se encontram em situação de grande perigo. Mais de 30 espécies de tubarão estão em risco no Brasil (quase 40% das espécies presentes em nossa costa). No mundo, cerca de 100 milhões deles são capturados por ano, a maioria para a obtenção de cartilagem. Uma das práticas comuns da pesca predatória é arrancar as nadadeiras e devolver o animal vivo para o mar, onde ele afunda e agoniza até morrer.
A pele do tubarão tem dentes! Uma das características que define os tubarões é a presença de escamas semelhantes a dentes que cobrem sua pele e são denominadas de dentículos dérmicos. São estes dentículos que fazem com que a pele do tubarão pareça uma lixa. É a imitação dessa pele que resultou na criação de tecido empregado na roupa dos grandes nadadores, como Michael Phelps, o design da pele permite o deslocamento rápido pela água quase sem atrito.
O bicho teve milhões de anos para aperfeiçoar-se de tal forma que tanto a pele como os órgãos internos e até seus sensores termos-elétricos ao longo do corpo, são órgãos tremendamente sofisticados, sem falar de seu design hidrodinâmico perfeito. Aliás, tudo no tubarão tem a marca da sofisticação, por isso ele é um vencedor.
Mais uma vez, o ódio que o bicho homem dedica a esse animal não pode ser explicado racionalmente, só podemos admitir que por trás desse comportamento execrável do homo sapiens exista algo mais sutil, algo nebuloso como, por exemplo, inveja. O homem sente inveja do melhor, do elevado, do excelso, do vencedor enfim! JAIR, Floripa, 07/02/09.
2 comentários:
Excelente lição!
Havia coisas que não sabia.
Obrigado.
As minhas saudações
Bom dia Jair!
Fiquei muito honrada com seu convite. Serão belas crônicas! Conte conosco! Vou lhe responder por email...
Postar um comentário