Vejam a beleza dessas árvores. São árvores resistentes, já passaram por inúmeras queimadas, muitas carregam ainda esse horror em seus troncos. Mas, renascem das cinzas e brotam! Ou, quando o fogo não consegue consumí-las por inteiro, seguem em frente, tentando se recompor, brotando novos galhos, novas flores e sempre novas sementes! É a esperança, em cada ano, de não desaparecerem, de darem continuidade à sua espécie. Até quando resistirão?
Árvores tortuosas, flores e frutos exóticos, assim é a beleza do Cerrado. O Cerrado é um dos biomas mais secos do Brasil. A estação seca pode durar até 5 meses. Neste período o índice de umidade relativa do ar chega, muitas vezes, no meio da tarde, a índices inferiores a 15%. Por isto tantas queimadas acontecem entre maio e setembro, período de estiagem. Um toco de cigarro ou algumas brasas que ficaram de um pique-nique pode ser o começo de um fogaréu. Há também os casos em que o fogo é provocado por alguém sem a mínima noção do grande e sério problema que a terra está enfrentando para se recompor.
Não está passando da hora de campanhas educativas mais sérias de conscientização sobre preservação ambiental? É conscientizando que podemos transformar mentes e, assim, recuperar ambientes degradados.
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Nota: Post publicado em 6 de agosto de 2009 no blog Multivias - A Natureza em Fotos e Variedades. Estamos reeditando-o devido ao clima muito seco desta época do ano.
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5 comentários:
Lindo kantinho com cheirinho da "Mãe Natureza".
Adoro as ilustrações das belas árvores, flores e espécies do nosso rico Cerrado Brasileiro.
Esse Blog merece mais atenção de todos.
Beijos de luz.
Goretti.
Muito bom, Luiza. Tive a oportunidade fantástica de residir dois anos em Campo Grande - MS, e um dos meus passeios favoritos era levar meus dois filhos pequenos para conhecer o Cerrado naquela área. Sou observador razoável, de modo que não só passeava como mostrava a meus filhos as belezas daquele sistema ecológico. Além dessas árvores retorcidas que teimam em manter-se vivas apesar dos incêndios, existia naquelas matas uma enorme variedade de "nonaceas" que, para quem desconhece são aquelas frutas chamadas nonas, araticum, marôlo, pindaúva, perovana, corticeira, marolinho, cabeça-de-negro e tantas outras denominações regionais que não caberiam aqui. De qualquer forma, o Cerrado era sempre fascinante, sinto saudades dele. Abraços, JAIR.
OBS - Os múltiplos nomes da planta eu retirei do livro "Árvores brasileiras" de Harri Lorenzi.
Obrigada por partilhar belezas da nossa natureza, graças a Deus tenho o privilégio de morar bem próximo de uma reserva florestal, tenho um trecho da Mata Atlântica pertinho de mim.
Um grande abraço!
Boa semana!!
A natureza tem os seus meios para refazer seus ciclos. Estas plantas tem a capacidade de rápido crescimento, justamente com a intenção de proteger o solo para outras espécies, assim acontece também no semi-árido, nas chamadas "capoeiras" (áreas que já foram exploradas para extração da madeira ou por lavouras), o que mais resiste são as leguminosas, principalmente as espinhentas, com isso a natureza dificulta o acesso a estes locais e outras espécies que precisam de sombra e local tranquilo podem brotar.
Amigos, obrigada pelos complementos ao texto... Assim, ajudando, incentivando, compreendendo e dialogando estaremos sempre caminhando lado a lado...
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