Texto publicado no blog: www.jairclopes.blogspot.com em junho de 2009.
Costuma-se ouvir por aí que os únicos animais que resistiriam a uma explosão atômica seriam as baratas, e até mais, no caso de hecatombe nuclear, enquanto os demais seres vivos do planeta sucumbiriam pela radiação resultante, as baratas se adaptariam e tornar-se-iam os animais dominantes na face da terra, em decorrência da ausência de predadores e competidores naturais. Essas afirmações não estão muito longe da verdade, as baratas, insetos da ordem das Blattaria, estão entre os animais mais resistentes e adaptáveis da fauna mundial. Há mais de 400 milhões de anos vivendo sob as mais diversas condições de climas, competindo com outros seres e tendo tempo suficiente para evoluir e adaptar-se, as baratas tornaram-se campeãs de sobrevivência. Comparando as baratas de hoje com as do passado elas mudaram muito pouco, permanecendo como insetos não especializados, ou seja, comem de tudo e não têm exigências especiais quanto ao ambiente em que vivem. Das tantas características desse inseto, pode-se relatar a capacidade de sobrevivência sem se alimentar durante até um mês, sem ingerir água durante até uma semana, ficar até 40 minutos submersa e se deslocar por fendas muito pequenas de até 1,6 mm, há indícios, inclusive, que algumas espécies chegam a se aliementar do próprio inseticida usado para matá-las. Como os demais, é um inseto ovíparo, que dizer, que se reproduz colocando ovos, e o faz na ooteca que é uma estrutura em forma de cápsula hermética que tem a função de proteger os ovos das variações do ambiente, inclusive dos inseticidas, garantindo assim, a perpetuação da espécie. O corpo das baratas tem formato ovular achatado. A cabeça é curta, subtriangular, apresentando olhos compostos grandes e geralmente dois ocelos (olhos simples).
Em geral são de coloração parda, marrom ou negra, porém existem espécies coloridas. Nas zonas tropicais, predominam as de cor marrom avermelhada, além das cores verde e amarela. O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, mas em gênero podemos dizer que as fêmeas são maiores que os machos, porém os machos têm as asas mais desenvolvidas. A maior barata tem aproximadamente 20 centímetros de comprimento, já, a menor, cerca de 4 milímetros e por ser tão pequena, vive em ninhos de formigas. As baratas gostam de ambientes úmidos e algumas espécies preferem lugares quentes. A alimentação é variada. As baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal, por certo não se preocupam com o colesterol, o diabetes nem com a balança. Conseguem perceber o perigo através de mudanças na corrente do ar à sua volta. Elas possuem pequenos pelos nas costas que funcionam como sensores, informando a hora de correr. As baratas domésticas podem ser vetores mecânicos de doenças e são responsáveis pela transmissão de vários microorganismos nocivos através das patas e fezes.
Por isso, são consideradas perigosas para a saúde dos seres humanos, contudo, o maior óbice de sua convivência com os homens refere-se à repugnância real ou suposta que as pessoas por ela sentem, por se tratar de animais que vivem em esgotos e ambientes contaminados, ou seja, são insetos “sujos”. Os seres humanos também odeiam baratas porque pode ser extremamente difícil acabar com elas em razão de seu comportamento natural. Elas se reproduzem rapidamente e são difíceis de matar. Como elas são noturnas, muitas pessoas não percebem sua presença até que sejam tantas que acabaram sem lugares para se esconder. As baratas são particularmente boas para se esquivar e fugir de chinelos, jornais e outras armas domésticas, e várias espécies se tornaram resistentes aos inseticidas.
Das 4 mil espécies de baratas que existem no mundo, porém, apenas algumas infestam casas e pontos comerciais. Na verdade, em muitas partes do mundo apenas uma espécie - a barata alemã - é responsável pela maioria das infestações. Infelizmente, as pessoas têm uma boa parte da culpa por essa prevalência mundial. A maioria das pragas de baratas se espalhou pelo planeta pegando carona em barcos, aviões, caminhões a até mesmo em caixas de mudança e sacolas de supermercado. Não importa se estão digerindo madeira decomposta em uma floresta tropical, saboreando restos numa lata de lixo industrial ou se escondendo debaixo de uma geladeira, as baratas são fascinantes.
Elas são insetos primitivos extremamente adaptados e nada indica que venham a se tornar extintas algum dia. Apesar de sua natureza imutável, elas sobreviveram quando outras espécies não conseguiram. Por exemplo, os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos, mas as baratas continuaram prosperando até os dias de hoje. Entretanto, mesmo apresentando o status de superinsetos que podem parecer indestrutíveis, elas servem de alimento para uma variedade de outros animais. Algumas espécies de vespas usam as baratas como incubadoras para seus ovos. Uma vespa fêmea pica a barata ou retira suas antenas para deixá-la paralisada. Depois, ela deposita seus ovos dentro da barata, onde os filhotes irão crescer alimentando-se das proteínas baratais até a fase adulta, quando abandonam o local e vão reiniciar o ciclo de vida vespal em outra barata. Além disso, outra praga caseira, as comuns centopéias, comem as ninfas das baratas. Algumas espécies de pássaros como o anu e o bem-te-vi também se alimentam de baratas na falta de melhor prato, supõe-se.
Pelo fato de as baratas serem tão resistentes e adaptáveis estuda-se seu organismo com a finalidade de descobrir quais os mecanismos que permitem seu sucesso, e se esses mecanismos são passíveis de serem aproveitados em favor da sobrevivência humana. Cientistas chineses afirmam que componentes químicos encontrados no sistema imunológico das baratas poderão ter um efeito tão benéfico quanto ao AZT no tratamento da AIDS, e isso, por si só, já é uma notícia que justifica olharmos o inseto com menos repugnância e com mais praticidade no sentido de aproveitá-lo para pesquisas médicas. Pelo sim pelo não, vamos dar o benefício da dúvida às baratas! JAIR, Canoas, 05/06/09.
Em geral são de coloração parda, marrom ou negra, porém existem espécies coloridas. Nas zonas tropicais, predominam as de cor marrom avermelhada, além das cores verde e amarela. O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, mas em gênero podemos dizer que as fêmeas são maiores que os machos, porém os machos têm as asas mais desenvolvidas. A maior barata tem aproximadamente 20 centímetros de comprimento, já, a menor, cerca de 4 milímetros e por ser tão pequena, vive em ninhos de formigas. As baratas gostam de ambientes úmidos e algumas espécies preferem lugares quentes. A alimentação é variada. As baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal, por certo não se preocupam com o colesterol, o diabetes nem com a balança. Conseguem perceber o perigo através de mudanças na corrente do ar à sua volta. Elas possuem pequenos pelos nas costas que funcionam como sensores, informando a hora de correr. As baratas domésticas podem ser vetores mecânicos de doenças e são responsáveis pela transmissão de vários microorganismos nocivos através das patas e fezes.
Por isso, são consideradas perigosas para a saúde dos seres humanos, contudo, o maior óbice de sua convivência com os homens refere-se à repugnância real ou suposta que as pessoas por ela sentem, por se tratar de animais que vivem em esgotos e ambientes contaminados, ou seja, são insetos “sujos”. Os seres humanos também odeiam baratas porque pode ser extremamente difícil acabar com elas em razão de seu comportamento natural. Elas se reproduzem rapidamente e são difíceis de matar. Como elas são noturnas, muitas pessoas não percebem sua presença até que sejam tantas que acabaram sem lugares para se esconder. As baratas são particularmente boas para se esquivar e fugir de chinelos, jornais e outras armas domésticas, e várias espécies se tornaram resistentes aos inseticidas.
Das 4 mil espécies de baratas que existem no mundo, porém, apenas algumas infestam casas e pontos comerciais. Na verdade, em muitas partes do mundo apenas uma espécie - a barata alemã - é responsável pela maioria das infestações. Infelizmente, as pessoas têm uma boa parte da culpa por essa prevalência mundial. A maioria das pragas de baratas se espalhou pelo planeta pegando carona em barcos, aviões, caminhões a até mesmo em caixas de mudança e sacolas de supermercado. Não importa se estão digerindo madeira decomposta em uma floresta tropical, saboreando restos numa lata de lixo industrial ou se escondendo debaixo de uma geladeira, as baratas são fascinantes.
Elas são insetos primitivos extremamente adaptados e nada indica que venham a se tornar extintas algum dia. Apesar de sua natureza imutável, elas sobreviveram quando outras espécies não conseguiram. Por exemplo, os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos, mas as baratas continuaram prosperando até os dias de hoje. Entretanto, mesmo apresentando o status de superinsetos que podem parecer indestrutíveis, elas servem de alimento para uma variedade de outros animais. Algumas espécies de vespas usam as baratas como incubadoras para seus ovos. Uma vespa fêmea pica a barata ou retira suas antenas para deixá-la paralisada. Depois, ela deposita seus ovos dentro da barata, onde os filhotes irão crescer alimentando-se das proteínas baratais até a fase adulta, quando abandonam o local e vão reiniciar o ciclo de vida vespal em outra barata. Além disso, outra praga caseira, as comuns centopéias, comem as ninfas das baratas. Algumas espécies de pássaros como o anu e o bem-te-vi também se alimentam de baratas na falta de melhor prato, supõe-se.
Pelo fato de as baratas serem tão resistentes e adaptáveis estuda-se seu organismo com a finalidade de descobrir quais os mecanismos que permitem seu sucesso, e se esses mecanismos são passíveis de serem aproveitados em favor da sobrevivência humana. Cientistas chineses afirmam que componentes químicos encontrados no sistema imunológico das baratas poderão ter um efeito tão benéfico quanto ao AZT no tratamento da AIDS, e isso, por si só, já é uma notícia que justifica olharmos o inseto com menos repugnância e com mais praticidade no sentido de aproveitá-lo para pesquisas médicas. Pelo sim pelo não, vamos dar o benefício da dúvida às baratas! JAIR, Canoas, 05/06/09.
3 comentários:
Baratas (arhhhhhh)... Tão nojentas, mas tão resistentes que ainda poderão nos ser úteis...
Podem ficar um mês sem comer, uma semana sem água e ainda um tempão sem ar?
Sim, são tão resistentes que foram as únicas sobreviventes em Hiroshina...
Luiza,
Se queremos preservar as espécies deste Planeta precisamos conhecê-las. Então porque não começar pelos insetos, mesmo os mais "nojentos" como as baratas? Além disso, os insetos são milhões de vezes mais numerosos que os humanos e estão neste planetinha azul milhões de anos antes dos homens, mais um motivo para aprendermos com eles. Abraços, JAIR.
Jair
Antes de tudo direi: que noojo!!
Sei também que a barata permanece viva, por vários dias sem a cabeça, isso não me causa tanto estranhamento, porque vejo muitos humanos por aí, passarem pela vida inteira desta mesma forma.
A melhor maneira de se eliminar uma barata, é com o "Giz Mata Baratas", basta que a pessoa faça um xis nas costas do inseto, depois, é só fazer uma boa mira e atingi-lá com uma vassoura ou um chinelo.
Até mais.
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