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Pesquisas - Nossa primeira pesquisa é sobre o Pau-Brasil. Veja na página Pesquisas e caminhe de mãos dadas com a Terra.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Que Ave é Essa?
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
Coleópteros
terça-feira, 22 de junho de 2010
O que é desenvolvimento sustentável?
Desenvolvimento Sustentável
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.
Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.
O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.
Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível.
Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes.
Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.
Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades.
Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.
Texto original: http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
domingo, 20 de junho de 2010
Prá não dizer que não falei do Milho
O milho é um cereal essencialmente americano, uma vez que só nosso continente que se encontram os seus parentes selvagens mais próximos, seus ancestrais, e onde foi domesticado pelos aborígines mesoamericanos há mais ou menos 3500 anos. Fora das Américas, não existem fósseis e nem evidências lingüísticas, históricas ou pictóricas de milho ou teosinto, seu ancestral. Atualmente o milho é a planta cultivada que atingiu o mais elevado estágio de domesticação, uma vez que perdeu a capacidade de sobrevivência sem intervenção humana. Ocupa lugar de destaque como principal alimento dos vários povos e civilizações americanos, fato evidenciado pelos relatos históricos. Expandiu-se, até ocupar praticamente todo o continente americano, em conseqüência da seleção do homem e da seleção natural, e, em virtude do descobrimento e colonização das Américas, estendeu-se pelo mundo todo, tornou-se o alimento mais importante do planeta depois do trigo e do arroz. Cristóvão Colombo é considerado o descobridor não só do Novo Continente, a América, mas também de seu mais reputado alimento, o Milho.
Rico em lipídios, proteínas, vitaminas A e C e carboidratos, esse cereal branco ou amarelo, protegido por camadas de folhas fibrosas, era há muito tempo a principal fonte de energia consumida pelos índios americanos. O modo mais comum de utilização do milho pelos nativos era como farinha ou fubá. Depois de pilado, o cereal era então fervido e comido como polenta ou ainda, transformado em deliciosas tortilhas e massas comestíveis que faziam a festa dos Astecas, Maias, Incas e demais povos da região meso-americana e andina.
Esses povos tinham muitos conhecimentos em astronomia, arquitetura, matemática, irrigação, agricultura, drenagem, artesanato e economia, entre outras. Destaque-se também que souberam se apropriar dos elementos naturais que lhes eram fornecidos nas regiões em que se estabeleceram para não apenas sobreviver, e sim, para viver de forma confortável e até majestosa. Essas tradições foram preservadas até os dias de hoje e esses alimentos derivados do milho continuam sendo muito populares.
Tive oportunidade de trabalhar na Bolívia por algum tempo e constatar a grande variedade de comidas e bebidas típicas feitas de, ou que levam milho na feitura. Além das mencionadas tortilhas e polentas, também é comum o consumo do milho cozido temperado apenas com sal - ao quais algumas pessoas gostam de adicionar manteiga - ou ainda assado na grelha - sendo que em algumas regiões coloca-se a espiga no fogo sem que se retire a palha.
O que também chamou muito a atenção dos conquistadores espanhóis que dominaram as civilizações americanas foram os mercados públicos onde se vendiam muitos produtos, alguns conhecidos pelos europeus e outros totalmente desconhecidos, como é o caso do próprio milho, do cacau, e, consequentemente, do chocolate, do tomate e de várias espécies de pimentas. Incas, Maias e Astecas ficaram historicamente conhecidos como “civilizações do milho” por sua relação tão intensa e mística com esse cereal. Conta-se que, a despeito da luxuosidade das refeições dos líderes desses povos, o dia a dia era pautado em refeições simples, onde o milho era presença obrigatória.
Se não existissem outros motivos como os calendários precisos e a arquitetura para reverenciar os povos pré-colombianos, o milho já seria o bastante. Esse cereal é, juntamente com a batata que também originou-se e foi domesticada no Novo Mundo, o maior e mais importante legado que os tripudiados aborígines americanos deixaram para o resto do planeta. JAIR, Floripa, 19/03/09.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Flor-de-são-joão
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Post publicado no blog Multivias - A Natureza em Fotos e Variedades em 15 de junho de 2009. Veja mais fotos: Via Verde 46: Festas Juninas com Flor-de-são-joão .
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quinta-feira, 17 de junho de 2010
Ecologia Geral, Ecologia Social e Política, Ambientalismo e Viver Sustentável - Vamos procurar compreender?
Dois amigos me perguntaram sobre a diferença entre ecologia e meio ambiente. Percebi que essa é uma questão que confunde a todos nós, apesar de ser um assunto já bastante discutido no mundo todo. Respondo com alguns artigos encontrados. Um deles em forma de aula - aula para o segundo grau; um outro, do pesquisador, economista e político francês Alain Lipietz¹ abordando a ecologia de um modo geral, a ecologia social e política; ele também nos fala, com uma linguagem bem compreensível, sobre o desenvolvimento sustentável. Como o artigo está em francês e inglês, transcrevo uma tradução do site ecologiasocial - transcrito, na íntegra, na nota de rodapé 'Mais informações'. Trancrevo também o exemplo de como os alunos de uma pequena escola podem trabalhar e vivenciar a ecologia no meio ambiente em que vivem. Exemplo que deveria ser seguido por todos nós! Coloco, no final, alguns endereços que tentam esclarer essas nossas dúvidas de uma maneira mais prática.
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1- "O que é ecologia?
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Ecologia versus ambientalismo
"Os professores do C.E. Julião Nogueira disseram: "este ano nós vamos deixar a nossa querida Floresta Amazônica, pulmão do mundo, para os amazonenses cuidarem. Vamos ver o que conseguimos fazer pelo ecossistema do Imbé, porque este podemos ver, tocar, limpar e brigar por ele. O lindo pantanal mato-grossense, deixaremos por conta dos guaicurus, porque os nossos mangues da região, berço de reprodução de tantas espécies de animais aquáticos, estão pedindo socorro. Vamos esquecer um pouco da poluição do ar das capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro e vamos tentar descobrir qual o impacto ambiental e a poluição que o Complexo Portuário do Açu pode causar em curto, médio e longo prazo. Como podem perceber o nosso foco é o meio ambiente mais próximo dos alunos porque acreditamos que para preservar eles precisam antes amar, sentirem-se integrados, incluídos, percebendo-se como mais um ser deste ecossistema com tanta diversidade de vidas. Precisam se envolver e sentir a dor de cada perda, quando uma árvore é cortada, quando um peixe morre, quando algum ser vivo desaparece ou fica ameaçado de extinção. Enfim, o que queremos é provocar, durante todo o ano de 2009, uma reflexão ecológica sistemática e sistematizada com ênfase na relação de pertencimento entre o homem e o meio ambiente."
Autoria do texto: Irecy Damasceno
Professora Correspondente
Conexão Professor e Aluno
Alunos do 5º ano, professora Cláudia Márcia Carvalho - C.E. Julião Nogueira"4
terça-feira, 15 de junho de 2010
Saiba mais sobre Mudanças Climáticas
O que é aquecimento global?
O aquecimento global é resultado do lançamento excessivo de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o dióxido de carbono (CO2), na atmosfera. Esses gases formam uma espécie de cobertor cada dia mais espesso que torna o planeta cada vez mais quente e não permite a saída de radiação solar.
O que é efeito estufa?
O efeito estufa é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. Desta forma é possível a vida na Terra. O problema é que, ao lançar muitos gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, o planeta se torna quente cada vez mais, podendo levar à extinção da vida na Terra.
Quais as causas das mudanças climáticas?
As mudanças climáticas, outro nome para o aquecimento global, acontecem quando são lançados mais gases de efeito estufa (GEEs) do que as florestas e os oceanos são capazes de absorver.
Como são lançados os gases de efeito estufa?
Isso acontece de diversas maneiras. As principais são: a queima de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) e o desmatamento (no Brasil, o desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de GEEs).
Quais os efeitos do aquecimento global?
São várias as conseqüências do aquecimento global. Algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta como o aumento da intensidade de eventos de extremos climáticos (furacões, tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca ou deslizamentos de terra). Além disso, os cientistas hoje já observam o aumento do nível do mar por causa do derretimento das calotas polares e o aumento da temperatura média do planeta em 0,8º C desde a Revolução Industrial. Acima de 2º C, efeitos potencialmente catastróficos poderiam acontecer, comprometendo seriamente os esforços de desenvolvimento dos países. Em alguns casos, países inteiros poderão ser engolidos pelo aumento do nível do mar e comunidades terão que migrar devido ao aumento das regiões áridas.
Como o desmatamento influencia na mudança do clima?
Ao desmatar, muitas pessoas queimam a madeira que não tem valor comercial. O gás carbônico (CO2) contido na fumaça oriunda desse incêndio sobe para a atmosfera e se acumula a outros gases aumentando o efeito estufa. No Brasil, 75% das emissões são provenientes do desmatamento.
Quais as soluções para combater o aumento do efeito estufa?
Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Diminuir o desmatamento, incentivar o uso de energias renováveis não-convencionais, eficiência energética e a reciclagem de materiais, melhorar o transporte público são algumas das possibilidades.
O que é eficiência energética?
Eficiência energética é nada mais que aproveitar melhor a energia sem desperdiçá-la. Por exemplo, quando se diz que uma lâmpada é eficiente, isso quer dizer que ela ilumina o mesmo que as outras, consumindo menos energia. Ou seja, mesma iluminação, com menos gasto de energia.
O que são energias renováveis não-convencionais?
São energias que não vêm de combustíveis fósseis (como petróleo e gás natural) e também não inclui a hidroeletricidade. As energias renováveis não-convencionais mais conhecidas são a solar, onde se aproveita a luz e o calor do sol para gerar energia, a biomassa, oriunda mais comumente do bagaço da cana-de-açúcar e a eólica, dos ventos.
O que é Convenção do Clima?
É uma reunião anual da Organização das Nações Unidas (ONU) onde os países membros discutem as questões mais importantes sobre mudanças climáticas. A primeira convenção mundial aconteceu em 1992. O nome oficial do evento é Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCC, sigla em inglês).
O que é Protocolo de Quioto?
É o único tratado internacional que estipula reduções obrigatórias de emissões causadoras do efeito estufa. O documento foi ratificado por 168 países. Os Estados Unidos, maiores emissores mundiais, e a Austrália não fazem parte do Protocolo de Quioto.
O que é Fundo de Adaptação?
Um mecanismo financiado pelos países desenvolvidos para que os países em desenvolvimento possam lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Hoje, cada projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) paga 2% do seu valor para este Fundo, mas o dinheiro ainda não está sendo empregado.
O que é MDL?
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um instrumento criado para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mas, para compreender melhor o que isso significa é preciso voltar ao ano de 1997, quando a comunidade internacional fechou um acordo para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, o Protocolo de Quioto. Neste mecanismo da Convenção do Clima, os países desenvolvidos têm até 2012 para reduzir suas emissões em 5,2% tomando como base o ano de 1990. Além de cortar localmente suas emissões, os países desenvolvidos podem também comprar uma parcela de suas metas em créditos de carbono gerados em projetos em outros países. A Implementação Conjunta garante créditos obtidos de países desenvolvidos e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) permite que estes créditos venham de países em desenvolvimento, como o Brasil.
Publicação original:
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/clima/mudancas_climaticas/
sábado, 12 de junho de 2010
Capivaras no asfalto
Texto publicado no blog: www.jairclopes.blogspot.com em fevereiro de 2009.
A respeito de comentários em meu texto sobre o jacaré, o que surpreende é a obstinação que tem a vida em continuar se mantendo a despeito das múltiplas condições adversas as quais, dentro do que supõe a ciência, tornam impossível sua existência. O homem, na sua arrogância e egoísmo, deteriora ou ocupa todos os ambientes possíveis de modo a torná-los extremamente hostis ou inabitáveis para os demais seres, animais ou vegetais. Assim, os seres que não se extinguem ou não se mudam têm que se adaptar aos novos ambientes criados por esse concorrente irracional e covarde.
São Paulo, a maior metrópole do país, é exemplo claro dessa lambança humana e da versatilidade que as demais espécies são obrigadas a ter para não sumirem da face da terra. O Tietê é considerado um dos mais poluídos rios do planeta e, no entanto, além de jacarés que, vez ou outra lá são encontrados, também é habitado por capivaras e sou testemunha desse fato. Não longe do aeroporto de Guarulhos existe um pequeno riacho, chamado rio Jequié, que é tributário do Tietê e, como tal, é tão poluído como ele.
Pois bem, sobem pela calha desse riacho CAPIVARAS, (Hydrochoerus hydrochoeris) famílias numerosas delas, vindas, comprovadamente, do Parque Ecológico do Tietê, às suas margens ali perto. Como próximo ao aeroporto existem pequenos lagos remanescentes da época em que ali eram numerosas as olarias, esses lagos nada mais são do que buracos cheios d'água deixados por essas fábricas de tijolos. As capivaras oriundas do parque adotam esses laguinhos como lares, ficam pastando nas margens e são visíveis para quem passa para o Aeroporto ou vem de lá.
Como não são perturbadas e não possuem predadores naturais na área, multiplicam-se de maneira assombrosa, a ponto da INFRAERO, através de seu Departamento de Controle Animal, ter que, periodicamente, "despovoar" parcialmente os locais, porque os animais oferecem perigo aos pousos e decolagens de aeronaves. Antes que algum defensor da natureza mais exaltado vá com quatro pedras para cima da INFRAERO explico: despovoar significa capturar e transferir os roedores para lugares próprios onde eles fiquem longe dos humanos e seus afazeres. Numa ocasião, de madrugada como sempre fazíamos, estávamos indo do hotel para o aeroporto num ônibus pequeno quando, subitamente, sofremos um tranco, como se tivéssemos atropelado alguém ou alguma coisa; o motorista parou de imediato assustado: - Atropelei um cachorro! Descemos para verificar e ficamos surpresos. Ele havia atropelado uma capivara que, depois de pesada, constatou-se ter sessenta e poucos quilos, uma capivara bem grande!
Lembrando de nossa infância lá no interior do Paraná, no meio dos "mato" como se dizia, onde nunca vimos uma capivara; onde apenas se ouvia falar desse bicho que era selvagem e extremamente raro, que, na nossa concepção só existia no Mato Grosso, fica ainda mais estranho encontrá-las em plena maior metrópole do país. Significa que esses animais conseguiram resolver satisfatoriamente a equação adaptar-se versus extinguir-se; conseguiram, com um tão desconhecido quanto inusitado jogo de cintura, adaptar seu modus vivendi para um ambiente tão adverso que até do seu criador, o Homo sapiens, ele cobra um preço elevadíssimo pela sobrevivência. Capivaras no asfalto são uma realidade, se não houver uma interferência cruel do homem, esses animais vão continuar por muito tempo a tocar suas vidas de zoofavelados urbanos ao nosso lado. Quem viver verá! JAIR, Floripa, 28/02/09.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Crochê
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Colcha, caminho de mesa, centros de mesa, porta-guardanapo e tampo para vidro. |
Por que artesanato* neste blog? Porque queremos resgatar um pouco da arte e da cultura deixadas para nós por nossos antepassados. Porque muito do que existia está se perdendo, se transformando e/ou se industrializando. Porque o artesanato, de um modo geral, é a mais pura arte popular. Porque, como terapia, ainda não se inventou nada melhor. Porque precisamos sem demora voltar às nossas raízes antes que nosso mundo não tenha mais volta. Mais? Porque tudo o que aprendemos fazer, seja manual ou intelectual, é um patrimônio que ninguém nos tira. Se um dia nossos bens materiais se forem, poderemos recomeçar através de alguma arte aprendida.
Que tal começarmos por um artesanato bem popular e conhecido, o crochê?
A palavra crochê vem do vocábulo francês crochet. Em algumas regiões do Brasil pronuncia-se com a vogal aberta (croché). Achamos em uma antiga enciclopédia uma definição e um pequeno histórico que julgamos bem adequados:
"Crochê, s. m. - Fr. crochet. Trabalho de renda ou malha feito em algodão, seda ou lã, e executado com uma só agulha de madeira, aço, ou marfim, terminada por uma barbela ou gancho.
ENCICL. O crochê está hoje muito vulgarizado e grande parte das moças ou donas de casa, de qualquer condição social, o pratica, quer por simples distração quer como fonte de renda. Por meio de hábeis e engenhosas combinações fazem-se trabalhos admiráveis. Nos lares, o crochê está representado nos panos que cobrem as mesas, nas cobertas e nos almofadões dos leitos, nos entremeios das toalhas, nas cortinas das janelas etc. Antes do extraordinário desenvolvimento das máquinas, o crochê era uma das maiores indústrias caseiras"**
Agora complemento: não somente o crochê, mas todo e qualquer artesanato, em alguma época, serviu de base financeira para muitas famílias. Ainda hoje é a complementação do salário de muitos, quando não a única fonte de renda. E, se antes era praticado pelas "moças ou donas de casa", hoje há muito barbudo fazendo dele seu meio de vida.
O crochê-arte está sendo utilizado por grifes famosas do mundo inteiro. Ontem, ao passar por um shopping, vimos alguns vestidos lindíssimos (só não achamos lindo o preço com quatro dígitos, mas é justo, pelo trabalho) confeccionados por uma conhecida estilista de Brasília.
Dos históricos que vimos sobre o crochê, um nos chamou a atenção pela abrangência da pesquisa feita e pela colocação correta das fontes vistas e utilizadas. Há também fotos de belos trabalhos. É de autoria da tradutora Cristine Martin, do blog Terracota Blog. Veja em "Leia mais" logo aqui embaixo.
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* "Artesanato, s. m. - Artesão + ato. Técnica e tirocínio do artesão; consciência profissional do artesão; obra do artesão." Enciclopédia Brasileira mérito, Volume 2, Editora Mérito S. A., São Paulo, 1967.
** Op. cit., Volume 6.
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
O que é biodiversidade?
O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.
A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas.
A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas.
Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.
Quantas espécies existem no mundo?
Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.
Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade": aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia.
Quais as principais ameaças à biodiversidade?
A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.
A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.
A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas.
A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção.
A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.
A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.
O que é a Convenção da Biodiversidade?
A Convenção da Diversidade Biológica é o primeiro instrumento legal para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.
O pontapé inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico.
Contudo, ainda não está claro como a Convenção sobre a Diversidade deverá ser implementada. A destruição de florestas, por exemplo, cresce em níveis alarmantes.
Os países que assinaram o acordo não mostram disposição política para adotar o programa de trabalho estabelecido pela Convenção, cuja meta é assegurar o uso adequado e proteção dos recursos naturais existentes nas florestas, na zona costeira e nos rios e lagos.
O WWF-Brasil e sua rede internacional acompanham os desdobramentos dessa Convenção desde sua origem. Além de participar das negociações da Conferência, a organização desenvolve ações paralelas como debates, publicações ou exposições. Em 2006, a reunião ocorreu em Curitiba, PR.
Publicação original:
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/biodiversidade/
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terça-feira, 8 de junho de 2010
O silêncio das Curuccas
Cresci tendo essas aves como familiares e comuns, já que eram avistadas nas proximidades de minha cidade natal no Paraná. A maior parte das aves dessa família possui o bico longo, fino e curvo, lembrando muito a figura da íbis-sagrada dos antigos egípcios. As penas da nuca são mais longas e parecem “despenteadas”, ficando um pouco eriçadas. Possui uma testa clara, quase branca, contrastando com os olhos amarelos. As pernas são alaranjadas ou vermelhas. Comem gafanhotos, aranhas, centopéias, ratos do campo, lagartixas e, sobretudo, cobras, o que lhes confere certa imunidade por parte dos fazendeiros, os quais não costumam perturbá-las por que elas supostamente livram seus campos de serpentes venenosas que poderiam picar o gado. Para apanhar larvas de besouro a ave enfia o bico na terra até a base. Mesmo sapos considerados venenosos para o estômago da maioria dos animais não escapa do apetite da Curucaca. Nidifica sobre árvores ou lajes de rochas no campo e põe cerca de cinco ovos. O casal reveza-se para cuidar dos filhotes que são alimentados por regurgitação.
São aves barulhentas e sua voz forte, do timbre de uma galinha d'angola, acusa logo sua presença nos campos. Era comum ouvi-las antes de vê-las nos campos ao redor de Palmeira onde íamos apanhar gabiroba, ou passávamos com destino às matas ombrófilas catar pinhões, enquanto elas, geralmente empoleiradas nos afloramentos de arenito que são comuns naquelas paragens, faziam algazarra como um bando de crianças despreocupadas.
Por que estou, meio saudoso, falando das Curucacas? Porque essas aves, cujas presenças atestam a boa saúde ecológica do local onde vivem, sumiram, desapareceram, se calaram, não mais se ouve seu canto desafinado e estridente nos campos lindeiros de Palmeira! As Curucacas se foram juntamente com os campos e matas ciliares que lhes davam abrigo, alimento e segurança para reprodução. Toda a região no entorno de minha querida Cidade Clima é hoje dominada pela monocultura de soja. A monocultura, além de ser uma atividade burra porque facilita a proliferação de pragas e obriga o agricultor usar cada vez mais agrotóxicos, é, na maioria das vezes, empreendimento de risco que leva para o buraco o produtor que está atrelado a apenas um produto o qual, cotado nas Bolsas de Cereais, pode, de um dia para outro, sofrer tropeço especulativo ou de forças outras que não apenas do clima ou das leis de mercado, as quais refletem a oferta e procura. Também força a importação de outros alimentos, geralmente mais caros, não produzidos na região porque optou-se pela cultura de apenas uma espécie.
Além desses efeitos, digamos, diretos, existem outros menos claros e imediatos, mas que são mais amplos, nocivos e permanentes para um número maior de pessoas, de animais e plantas nativas: São as modificações ecológicas ruinosas introduzidas no ambiente pela não observância de um mínimo de respeito pela disposição orográfica da região; pela desconsideração com as curvas de nível de modo a permitir assoreamento dos mananciais, rios e regatos da região; pela exterminação sumária das matas ciliares, as quais além de resguardarem às margens dos cursos d’água asseguram ambiente propício à vida a pequenos mamíferos e aves como curucacas e saracuras que, para dizer pouco, são fatores de equilíbrio ecológico porque alimentam-se de insetos e roedores os quais atacam, justamente, as lavouras monoculturais que permitiram sua proliferação. Existe maior estultice que essa?
Hoje, o arroio Monjolo onde uma pequena represa formava o “Tanque dos Cherubins”, no qual toda a garotada da Rua Barão aprendeu a nadar, não existe mais. Foi engolido pelo desmatamento criminoso que destruiu sua mata ciliar. Já o Rio do Pugas, cuja “Cachoeira” foi palco de muitas alegrias da gurizada nas tardes de domingo porque lá iam banhar-se e tomar sol as putas dos “Cedrinhos”, puteiro próximo à linha férrea onde esta é cruzada pela Rua Quinze, hoje se resume a um fiozinho d'água que não faz juz ao riacho de águas claras e muito frias que foi no passado. Os chamados tanques “Quarenta” e "Vinte e cinco” também são apenas lembranças dos mais idosos e saudosos, sumiram para sempre, juntamente com as matas adjacentes, tragados pela ganância monocultural criminosa daqueles que põem os lucros acima da qualidade de vida, seja dos animais e plantas, seja do bicho homem. Lamentável.
O silêncio das Curucacas, para quem quer ouvir, é o grito da natureza pedindo socorro aos homens de boa vontade, únicos que podem fazer regredir esse quadro triste e funesto, quadro este de aridez e morte num dos lugares que foi o mais cheio de vida e formoso dos Campos Gerais. JAIR, Floripa, 06/03/09.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Top Blog - A frase premiada da semana
Sistema de indexação e busca de blogs mais avançado;
Novas categorias no prêmio;
Promação, premiação e ações sociais;
Muito mais conteúdo colaborativo;
Sistema de remuneração de blogs em parceria com a "Hot Words";
Rede social de blogueiros;
Novo layout do Portal e Blogs dos Colunistas;
*Este post foi publicado dia 21 de março em nosso blog Multivias - A Natureza em Fotos e Variedades.
³Saiba mais sobre a "Carta da Terra" clicando em 'Mais Informações' aqui embaixo.
sábado, 5 de junho de 2010
Dia Mundial do Meio Ambiente
No Dia Mundial do Meio Ambiente não queremos falar sobre a fabricação de armas nucleares dos países ricos; não queremos falar das armações de guerras feitas para a venda de aviões e armas... pelos países ricos; não queremos falar sobre a exploração de matas e rios, nos países pobres, pelos países ricos; não queremos falar nos derrames de produtos químicos nas águas do planeta, por 'aquele' país rico...
No Dia Mundial do Meio Ambiente queremos felicitar os países pobres pelo empenho que estão tendo em reciclagem e reaproveitamento, limpando um pouco o meio ambiente em que vivem dos inúmeros 'descartáveis' que são jogados na Terra... pelos países ricos!
No Dia Mundial do Meio Ambiente queremos apenas lembrar aos países ricos que, se nosso planeta for para o beleléu, eles também irão, juntos, no mesmo balaio dos países pobres!
No Dia Mundial do Meio Ambiente pedimos a Deus para colocar um pouco de bom senso, equilíbrio, sabedoria e menos ganância na cabeça dos governantes dos países... sejam eles ricos ou pobres!
Faça sua parte, não olhe para os vizinhos... continue reciclando e... plante uma árvore!
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Postagem publicada simultaneamente neste blog coletivo e em Multivias - A Natureza em Fotos e Variedades
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quinta-feira, 3 de junho de 2010
O Pinheiro
Todas as árvores da terra podem ser classificadas, grosso modo, em apenas três categorias: Palmáceas, Folhas largas e Coníferas. Palmáceas são todos os tipos de palmeiras e coqueiros imagináveis, são plantas adaptadas a praticamente todos os climas do planeta. Costumam ter galhos grandes formadas por um eixo no qual estão distribuídas simetricamente as lâminas, que são as folhas propriamente ditas. O tronco distingue-se das demais árvores por não possuir anéis de crescimento, são normalmente cilíndricos, lisos, sem casca e os galhos e frutos ficam, em geral, bem no alto. As palmáceas são extremamente decorativas e paisagísticas, e algumas produzem palmitos, mas isso significa sacrificá-las, já que o palmito nada mais é que o miolo da parte superior do tronco. Outras fornecem frutos como cocos, tâmaras, fruta-pão ou coquinhos. Folhas largas são árvores que, mantidas as características que as define: lenhosas, grandes e com parte do tronco livre de galhos, possuem, ademais, como o nome informa, folhas largas no sentido de abertas, contrário às folhas das coníferas que são fechadas e se parecem com espinhos. São muito lenhosas, quase metade de toda a madeira utilizável na história humana vem dessas árvores, o resto é oriunda das coníferas. Grande maioria das árvores frutíferas são folhas largas, cajueiro, abacateiro, laranjeira, pereira, macieira, mangueira, jaqueira, pessegueiro etc. O baobá, típica árvore meridional africana é uma intrigante e excêntrica representante das folhas largas. A última categoria, Coníferas, tem esse nome por causa de suas folhas que lembram cones ou espinhos. São as árvores mais antigas do planeta, estão aqui a duzentos milhões de anos. Todos os pinheiros, araucárias, cedrinhos, ciprestes e pinus são coníferas. O maior representante das coníferas é a sequóia gigante canadense, chega a ter 130 metros de altura.
Dentre as coníferas, encontra-se a Araucária angustifólia. Araucária é um gênero de árvores coníferas na família Araucariaceae. Existem 19 espécies no gênero, com distribuições altamente separadas na Nova Caledônia (onde treze espécies são endêmicas), Ilha Norfolk, sudeste da Austrália, Nova Guiné, Argentina, Chile e sul do Brasil onde se encontra o Pinheiro-do-Paraná, essa belíssima árvore que é símbolo daquele estado. O Pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia) ou pinheiro-brasileiro, também conhecido pelo nome de origem indígena, Curi é a única espécie do gênero encontrada no Brasil. É uma planta dióica, isto é, apresenta gêneros masculinos e femininos em indivíduos separados. O gênero feminino produz frutos chamados pinhas e o masculino possui um estróbilo que poliniza as flores da árvore feminina através do vento.
O Pinheiro-do-Paraná, ou simplesmente Pinheiro como é conhecido por lá, é uma árvore simétrica como tendem ser todas as coníferas; em geral, por disputarem a luz do sol com outras árvores na mata fechada, crescem acima do dossel da floresta e apresentam-se com perfil de taça rasa com pé comprido, mas, eventualmente, ao desenvolverem-se em local onde não haja árvores concorrentes como no campo, por exemplo, podem tomar a forma de cone, assim como as árvores de natal. Suas sementes, os pinhões, em formato de pião, eram importantes na alimentação indígena e ainda hoje são iguarias que inspiram muitas receitas. Medem cerca de quinze milímetros de largura na parte mais larga e cerca de oito centímetros de comprimento. As pinhas podem pesar vários quilogramas e atingir o diâmetro de cerca de trinta centímetros e conter até cento e cinquenta pinhões. Os pinheirais fazem parte de um ecossistema chamado floresta Ombrófila (que gosta de chuva) mista, que integra o bioma da Mata Atlântica. A copada majestosa das araucárias, voltadas para o céu a até cinquenta metros de altura, lhes confere um porte majestoso não igualado por nenhuma outra árvore da mata que a circunda. Canelas, imbuias e cedros formam um segundo extrato que cobre sub-bosques de erva-mate e xaxim. A fauna original tinha onças, bugios, cotias, catetos e a incrível e agora que extinta gralha-azul, pássaro que dispersa o pinhão, deliciosa semente do pinheiro, contribuindo para a disseminação das árvores. Antes da colonização, essa mata ocupava mais de metade da região, hoje não resta nem 2% da floresta original.
O pinheiro é importante, pois controla a qualidade da fauna e flora do bioma. Seus pinhões servem de alimento para pequenos animais no inverno, porque nesta época do ano quase não existem frutos nem néctares. Seus cones são como uma manjedoura, protegem as plantas menores e retêm a umidade. As demais coníferas, como os pinus que abundam no hemisfério norte, em geral formam grandes florestas monófitas, ou seja, florestas compostas de uma só espécie, o Pinheiro não, ele vive sempre associado a uma mata mista. Ao nascer ele necessita de sombra para sobreviver nos primeiros anos, então cresce e ultrapassa as demais plantas formando ele próprio o dossel que sombreará a floresta.
Tive a sorte de passar minha infância e parte da adolescência à sombra dos pinheirais do Paraná, catei pinhões e os comi no “sapêco”, que é a maneira indígena de assá-los, ou amassados feitos "bilé" que é como as famílias pobres, que só possuem fogões à lenha, os comem. Hoje os pinheiros que, pela abundância, conferiram ao Paraná o título de Terra dos Pinheirais, quase desapareceram frente à ganância desenfreada dos madeireiros míopes que enxergam apenas até onde seus machados e serras motorizadas alcançam.
De forma geral, quase todos os remanescentes da mata de araucária encontram-se hoje muito fragmentados e dispersos, o que contribui para diminuir ainda mais a variabilidade genética de suas espécies, colocando-as sob verdadeiro risco de extinção. E, apesar dessa situação, as ameaças continuam.
A situação é agravada pela exploração ilegal de madeira e pela conversão das florestas em áreas agrícolas e de reflorestamento de espécies exóticas, aumentando ainda mais o isolamento dos remanescentes. Corremos o risco de, no futuro, nos tornarmos uma espécie de Austrália do terceiro mundo, passarmos a ter apenas extensas plantações de eucalipto no lugar das matas de pinheiro originais. É hora de acordarmos para salvar esta que é, talvez, a mais bela e imponente árvore da nossa flora. JAIR, Floripa, 04/03/09.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Identificando Pássaros - 2
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